terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Diário de um infeliz

No outro dia, uma rapariga telefonou-me e disse...
"Queres vir cá a casa? Não está cá ninguém."
Eu fui lá a casa.
Não estava ninguém.

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Tem sido um dia difícil. Levantei-me de manhã ... vesti uma
camisa e saltou um botão.Peguei na minha pasta e a pega partiu-se.
Estou a ficar com medo de ir à casa de banho.

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Posso dizer que os meus pais me odeiam.
Os meus brinquedos do banho eram uma torradeira e um rádio.

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A minha mãe nunca me deu de mamar.
Ela dizia que só gostava de mim como um amigo. 

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Quando eu nasci ... o médico foi à sala de espera e disse ao meu pai:
"Tenho muita pena. Fizemos tudo aquilo que podíamos ..
Mas mesmo assim ele conseguiu sair."

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Lembro-me do dia em que fui raptado e em que enviaram um
bocado de um dedo meu ao meu pai... Ele disse que queria mais provas.

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Uma vez, quando me perdi ... Vi um polícia e pedi-lhe ajuda para encontrar os meus pais.
Disse-lhe ... "Acha que alguma vez os vou encontrar?"
Ele disse ... "Não sei miúdo ... há tantos sítios onde eles se podem esconder."

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